Adiar tarefas tem sido algo recorrente na sua rotina? Essa prática incomoda muita gente por atrasar entregas e prolongar o caminho até a conquista dos objetivos. Como ninguém está livre de enfrentá-la, a saída é identificar as principais causas e buscar dicas para não procrastinar.
Destacamos que o hábito de deixar tudo para depois é natural do ser humano. Porém, como muitos comportamentos, passa a ser problemático quando ocorre com tanta frequência. Desânimo, queda da produtividade e dificuldade para aprender estão entre os principais efeitos.
Felizmente, toda pessoa tem potencial para mudar esse cenário. Fique conosco e confira os 4 principais passos!
Antes de apontar o lado negativo dessa prática, é importante reforçar que ela pode ter origem fisiológica ou psicológica. A primeira, considerada rara, costuma estar relacionada a alguma lesão ou anomalia no córtex pré-frontal do cérebro — área que controla os impulsos.
A procrastinação psicológica é a mais comum e resulta de distúrbios como ansiedade e problemas de autoestima. Nesse caso, a pessoa demora para começar ou finalizar suas atividades por achar que não terá sucesso, pensar que será alvo de comparações e temer críticas excessivas.
A conduta vira uma espécie de autossabotagem, pois gera sentimento de culpa, vergonha por não cumprir as responsabilidades e medo constante de não dar conta dos afazeres. Qualquer indivíduo está sujeito a apresentar esses sintomas e pode precisar de dicas para não procrastinar.
Quem estuda acaba por acumular conteúdo, o que diminui a chance de se aprimorar. Os atrasos, por sua vez, trazem baixo rendimento no aprendizado e muita frustração. É como uma bola de neve, pois, quanto mais coisas ficam para trás, mais angústia você sente em relação às próprias escolhas.
Nas relações, a procrastinação reduz o tempo de qualidade com a família e os amigos, já que o lazer passa a ser ocupado para colocar tarefas em dia. Nos estudos, causa perda de prazos e prejuízo à imagem.
Postergar atividades é ruim para você e para as pessoas do seu convívio. Claro que, em algumas situações, a pausa na agenda é necessária para lidar com questões que fogem do nosso controle. Às vezes, o cronograma diário precise ser alterado devido a um problema familiar ou de saúde, por exemplo.
Mas, e o que fazer quando a procrastinação parece surgir do nada? É aí que você deve emitir o sinal vermelho. Se não há razões maiores para adiar um compromisso, pense em formas de contornar essa vontade. Dar um passo de cada vez e comemorar os pequenos avanços já ajuda.
As dicas para não procrastinar devem funcionar em diferentes contextos, para que evitem a perda de desempenho nas ações que envolvem o trabalho, o estudo, o lazer e até o planejamento das suas horas de folga. Veja alguns exemplos de práticas benéficas:
O primeiro passo está em aceitar que ninguém é perfeito e que um pouco de receio antes de cumprir uma tarefa é normal. Quando sentir que está procrastinando, pense nos objetivos que você pode alcançar ao sair da zona de conforto.
Também tente avaliar a situação de forma crítica, levantando detalhes sobre os momentos em que se sente mais para baixo ou com dificuldade de agir. Veja 4 passos que podem facilitar essa análise.
Nem sempre dá para saber quando teremos vontade de ignorar um trabalho ou de cancelar um programa na última hora. Ainda assim, é comum que o impulso para postergar fique mais frequente em alguns momentos. Pode ser após o almoço, no início do expediente ou até na véspera da sexta-feira.
Para descobrir um possível padrão, anote os instantes em que você mais costuma procrastinar, incluindo o horário e as ocorrências envolvidas. A partir disso, é possível mudar os aspectos que causam desinteresse prolongado, a fim de obter um aumento da motivação.
Na procura por dicas para não procrastinar, você certamente encontrará textos falando da importância de definir limites. Afinal, não há corpo e mente que suportem uma maratona incessante de atividades. Mesmo quem dá conta de rotinas atribuladas percebe queda na qualidade dos processos.
Então, certifique-se de que a origem dos seus atrasos não está no acúmulo de compromissos. Comece a selecionar os assuntos mais importantes e, quando sentir que precisa de um tempo, recuse pedidos sem hesitar. A demanda deve estar sempre adequada ao seu perfil e capacidades.
A gestão do tempo é um desafio para quem lida com a procrastinação. Assim, uma boa estratégia é usar recursos que controlem o período dedicado a cada atividade da sua rotina. Tanto o tradicional cronômetro quanto a técnica Pomodoro (que intercala períodos de foco com breves intervalos) podem ser grandes aliados.
Outra tática é variar o modo como você realiza suas tarefas. Durante o aprendizado, por exemplo, experimente variar os métodos de estudo para estimular seu cérebro. Consulte uma matéria em apostila, depois escute uma disciplina em podcast, e assim por diante. Isso elimina o tédio e a vontade de parar.
Tarefas simples são muito mais atrativas que um trabalho extenso ou cheio de complexidade. O problema é que, vez ou outra, toda pessoa precisa encarar um compromisso que toma boa parte do dia ou da semana. Nesses casos, uma opção para não desanimar é dividir a atividade em etapas.
Se possível, categorize essas fases do projeto conforme o nível de dificuldade. Então, cumpra as mais complicadas nos horários em que você tem mais energia e disposição. Cada passo finalizado vai renovar as suas forças para continuar se dedicando ao máximo.
E então, o que achou das nossas dicas para não procrastinar? Lembre-se de que você também pode contar com o suporte de um profissional da Psicologia para identificar as causas e combater o problema. O importante é encontrar uma abordagem que te deixe confortável para falar dos desafios.