O aspecto financeiro é um dos grandes obstáculos que muitos estudantes enfrentam para ingressar no Ensino Superior e ter condições de seguir em frente até concluir o curso. Nesse sentido, um dos principais aliados é o FIES, o Fundo de Financiamento Estudantil que foi implementado pelo Ministério da Educação em 2001.
Ativo há mais de duas décadas, o FIES passou por várias transformações ao longo dos anos, sempre com o objetivo de aperfeiçoar cada vez mais o programa. Por isso, quem tem interesse no financiamento precisa prestar atenção às mudanças para se certificar de que vai conseguir atender aos requisitos necessários a fim de ter acesso a ele.
Então, você quer ficar por dentro de todas as principais informações sobre o FIES? Continue a leitura e não perca nenhum detalhe!
O financiamento estudantil é um bom caminho para quem não pode pagar as mensalidades e não tem uma bolsa de estudos integral ou pelo menos um desconto na faculdade. Com o FIES, você pode fazer a sua graduação e só começar a arcar com os custos depois de se formar.
Isso permite que, mesmo sem ter todos os recursos financeiros necessários, você se qualifique para o mercado de trabalho, ingressando, inclusive, em cursos concorridos. Após concluir a graduação, o prazo para quitar o valor também é confortável, podendo chegar a 14 anos, mesmo com a maioria dos cursos durando apenas 4 ou 5.
Como dissemos, o FIES passou por diversas adaptações desde que foi instituído, no início dos anos 2000. Uma delas é que, desde 2018, o programa oferece 3 modalidades de financiamento:
As taxas de juros variam de acordo com a modalidade. Assim, a modalidade 1, que é concedida pelo próprio governo utilizando recursos da União, conta com juro zero. Já nas modalidades 2 e 3, que são concedidas por bancos, os juros são definidos pela instituição financeira.
O valor máximo que pode ser financiado também mudou, passando de R$ 30.000,00 para pouco mais de R$ 42.000,00 por semestre. Dessa forma, é possível financiar cursos com mensalidade de até R$ 7.000,00, ampliando o leque de opções para os estudantes.
Outra mudança importante é que não há mais um prazo de carência para o estudante começar a pagar o financiamento depois de se formar. De acordo com as novas regras, a quitação da dívida deve ter início assim que o curso for concluído, com o valor sendo descontado diretamente na folha de pagamento.
Se a pessoa formada ainda não está empregada, a regra é efetuar o pagamento mínimo estabelecido pelo regulamento do programa. O mesmo vale para quem perder a fonte de renda em qualquer momento durante o período de quitação do financiamento.
Além de se encaixar em alguma das faixas de renda que citamos, quem deseja conseguir o financiamento estudantil precisa ter participado de alguma edição do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) realizada a partir de 2010.
Também é necessário que a nota do Enem seja igual ou superior a 450 pontos. A nota da redação do exame, por sua vez, deve ser diferente de zero. Por isso, o primeiro passo para conseguir o FIES é se sair bem no Enem.
O processo seletivo do FIES acontece uma vez por semestre e seu cronograma é amplamente divulgado tanto pelo MEC quanto pela imprensa. No primeiro semestre de 2022, por exemplo, as inscrições ocorreram em março. Por isso, é importante prestar atenção às informações oficiais para não perder o prazo.
Para fazer a inscrição, é só acessar o site oficial do programa no período estabelecido pelo edital. O site vai te redirecionar para outra página do governo, onde você deverá fazer login com seu CPF e senha — caso já tenha utilizado esse portal, basta utilizar a senha já cadastrada; se não tiver, cadastre uma.
Assim que o login for feito, você só precisa preencher todas as informações solicitadas, que incluem dados pessoais e dados do seu grupo familiar, e escolher suas opções de cursos.
Após a inscrição, é preciso aguardar o dia da divulgação dos resultados. Os pré-selecionados devem, então, acessar o portal do programa e complementar as informações da inscrição de acordo com o que for solicitado pelo sistema.
O passo seguinte é levar toda a documentação necessária até a instituição de ensino. Somente depois de ter todos os dados e documentos aprovados é que o contrato de financiamento é assinado com a instituição financeira.
Para selecionar os candidatos, o programa utiliza alguns critérios de classificação, sendo um deles a nota obtida no Enem — uma nota mais alta aumenta as chances. Além disso, a classificação leva em conta a seguinte ordem de preferência:
Os resultados são divulgados tanto pelo portal do FIES quanto pela instituição de ensino na qual o candidato se inscreveu.
Com todas essas informações, fica muito mais simples conseguir o financiamento estudantil tão necessário para arcar com os custos da graduação. Por fim, é só estudar bastante para alcançar um bom resultado no Enem e, assim, aproveitar ótimas oportunidades como o FIES e outras formas de acesso ao ensino superior.
E aí, gostou de conhecer melhor o Fundo de Financiamento Estudantil? Antes de ir, deixe um comentário sobre o que você achou desse programa!